17 - UMA VERDADEIRA PAIXÃO
Eduardo Damião resolveu questionar a amiga, pois não
pretendia ficar o resto do dia ali parado no meio do rio.
- Então, Carlota, diz-me lá o que é que planeias
fazer? Nada se resolverá se ficarmos aqui quietos, não te parece?
Os seus pensamentos tinham momentaneamente voado
para regiões remotas, mas agora que tinham regressado, ela já só pretendia
abandonar a perseguição.
- Podes levar-me até à grande mansão abandonada que
fica do outro lado do rio? – perguntou-lhe Carlota, com os olhos a brilhar.
O rapaz sorriu, ficou muito contente com o pedido, e
logo lhe fez a vontade. A lancha arrancou com rapidez, deixando o ladrão de
barcos muito lá atrás.
Ana Carlota, mais uma vez, não conseguiu resistir à
verdadeira paixão que sentia por aquela casa. Sempre que uma oportunidade
espreitava, ela agarrava-a com unhas e dentes. Não havia nada que lhe desse
mais prazer do que poder passear pela propriedade que tanto adorava, por isso
fez o pedido a Eduardo Damião, que até ficou muito contente com a solicitação.
- Tinhas razão, Carlota, não valia a pena corrermos
riscos desnecessários. Mais cedo ou mais tarde, alguém vai apanhar aquele
malandro, pois se toda a gente conhece o barco do teu avô…
Eduardo Damião apreciava uma boa aventura, e adorou
a ideia de Carlota. Também ele gostava bastante da casa que abrilhantava a
outra margem do rio, apesar de estar velha e abandonada. A nova amiga tinha desejado
viajar até lá para visitar o palacete, e ele satisfez-lhe essa vontade.
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